Partes de um todo

Não pertenço a nada. Nem ninguém. Muito menos em lugar fixo. É difícil entender o que é pertencer a um lugar quando nem mesmo sua cabeça é presa a um realidade concreta. Horas dos meus dias (principalmente nas mais impróprias) me vejo em um verdadeiro mundo da lua… Criando histórias não vivenciadas, modificando a realidade, adicionando qualidade e miximinizando os defeitos. História imaginada, inventada, recriada, reciclada.

Mas eu pertenço a algo: A descobertas… Metamorfoses de gostos, musicas, cheiros, toques, sotaques, olhares. Talvez chegue uma hora que o novo já se torne cansativo, que a rotina se acomode. Mas enquanto essa hora não chega meu anseio por novidades não para. Existe sensação melhor do que descobrir coisas? Um música, uma banda, um restaurante, um blog, uma lojinha x de roupa, um livro… Sensações novas. Primeiro beijo, primeira transa, primeiro porre.

Mas de todas as sensações que ainda vou provar, a que mais almejo é  de viajar o mundo inteiro! Conhecer todas as culturas possíveis, vivenciar todas as experiencias cabíveis e fazer amizade com os nativos dali. Viver a vida inteira rodando por ai, com um namorado a tiracolo, ou talvez só com os amores passageiros…

Normal ou monótono?

E quando o normal começa a ser entediante, monótono e perde a graça? É normal ser um adolescente, estar no colegial, ter no completado no máximo um cursinho de inglês que só funcionou para saber os dias da semana… É normal ir em uma balada, “churras”, ter um ficante aqui, amizades, ir no shopping, teatro e só… É normal ir a escola, odiar estudar, se preocupar com notas, ralar no final do ano… Eleger uma matéria preferida, as odiadas e por ai vai: É coisa de todo adolescente normal. Ai volto ao começo dessa postagem:  E quando o normal começa a ser entediante, monótono e perde a graça? Ando ultimamente com esses questionamentos. Sou tão nova pra algumas coisas, mas frustada também. Já sou velha pra fazer ballet, começar a fazer kumon, não dá tempo de fazer um curso de informática devido ao tempo, participar de um time, começar um esporte novo. Quando mais nova, pensava que quanto tivesse essa idade seria tão…Grande. Eu via o pessoal do ensino médio tão bem resolvido, mais velho. E cá estou, cheia de duvidas, incertezas, perguntas e nenhuma resposta. Queria aparecer na Veja, Istoé, como aqueles jovens que se destacam, ou sonhando baixo em ter uma habilidade que eu dominasse. Mas nem isso. Aliado a esses problemas, tem a escolha do vestibular… Meu DEUS como é estressante. Como um jovem de 17 anos pode decidir o que fazer pelo resto da vida e com a chance de carregar o peso de uma escolha errada? Você tem que passar em uma faculdade boa, e orgulhar seus pais e mostrar para seus amigos que você é inteligente. Viver sobre pressão… Ah, como dói (a cabeça). Sempre quis ser diferente. Me apavora saber que daqui três ou quatro gerações eu vou ser esquecida. Talvez um nome, documento… mas todos que me conhecessem já vão ter morrido também. Meus pais, amigos, colegas, professores, avós, tios, primos, cachorro. Só osso no caixão. Queria ser lembrada pra sempre. E todas essas linhas se resumem em ter coragem e força de vontade. E aonde arranjar tanta?! Acho que se todos soubessem o mundo não teria tão poucas pessoas inesquecíveis…

Você conhece?

No começo pensei em só postar meus pensamentos, concepções e etc… Mas percebi que descrever minha vida sem trilha sonora é como se não me inteirasse aqui. Então resolvi falar sobre tudo um pouco.
Um dos cantores que eu gosto muito é o Matt Costa… Ele é um cantor californiano que tem musicas bem gostosinhas de ouvir, no estilo folk/indie. Ele começou abrindo os show do Jack Johnson, e foi por onde o conheci. Talvez você já tenha escutado uma de suas musicas… As mais famosas dele é Sunshine com 1,7 milhões de acessos, e Mr.Pitfull com 1,6 que já foi trilha sonora de “Eu te amo, cara” e “Marmaduke”! Dá uma conferidinha e um check no estilo dele: Fofo, fofo, fofo!

 Mr.Pitfull:

Sunshine:

O que acharam? Quando mais eu escuto, mais eu gosto!

Religião?

Conversando de uns tempos pra cá com meu meu professor de violão, cheguei a conclusão que a liberdade de culto prevista na constituição é apenas “prevista na constituição”. Seguidores de suas doutrinas tem uma visão extremamente, por não dizer medieval das doutrinas alheias.
Evangélicos são tidos como fanáticos, espiritas como macumbeiros, budistas como hippies, adventistas como sabatineiros loucos, católicos como passivos na vida religiosa. Me interesso por religiões e seus dogmas, e todas as religiões são tidas pelos seus praticantes como verdade absoluta a “salvação” divina ao apocalipse, fim do mundo, morte, reencarnação e seus afins “pós-vida”. A dificuldade de aceitação a escolha do outro é tão miníma, que isso só me leva a crer que o fanatismo (isso vale para qualquer tipo) cega, e torna as pessoas ignorantes.
Respeito a fé de cada um, e acredito que devemos termos nossas próprias crenças, nem que elas sejam baseadas no egocentrismo. As vezes a ilusão a algo que possa ser um mito seja um amortecedor para as duras realidades que enfrentamos todo dia. É melhor acreditar no pseudo: “Quando janelas se fecham, portas se abrem”, do que no “Acabou, não tem mais jeito”… Claro que essas crenças não devem servir de desculpa para sedentariedade de atitudes, e sim como um impulso para persistir no que se almeja.
O que me deixa irritada é como os seguidores de “x” religião, tentam te converter para a sua igreja, criticando a sua fé, e todos seus credos, como se a sua verdade fosse absoluta, incontestável. Seu modo de viver é “absurdo”… . O tempo para oração, caridade é simplesmente esquecido e substituído por rixas entre religiões, sendo que seu Deus prega o amor entre todos os irmãos, não importando suas diferenças, e querendo paz.
Paz… Será que é tão difícil entender que para chegarmos a esse caminho só aceitando o clichê: “Ninguém é igual a ninguém”?

Feriados egoístas

A pauta de hoje? Feriados egoístas (Cê jura?). Hoje é um deles, e me fez pensar nisso. Para quem no máximo perdeu um parente distante, o dia se resume em descanso, mas para quem já perdeu um ente próximo esse tipo de feriado é um caos. Porque tocar na ferida quase cicatrizada e provocar mais dor? Porque obrigatoriamente nos lembrar de algo que não é esquecido desde a perda? Porque lotar os cemitérios e não nos dar um momento “a sós”? E por ai vai…
A história pode lembrar todos os fatos, e como é uma tradição. Talvez meu pensamento seja (e é) egoísta. Mas aqui é um meio de expressar o que eu sinto, então me sinto obrigada a reforçar que eu preferiria estar num dia normal, do que ter um reservado para me lembrar das minhas perdas, e de como eu gostaria de ter a presença de quem já se ausentou.
Dia dos pais, das mães… No jardim de infância as crianças que eram orfãs ficavam ainda piores quando vinham as “tias” com lembrancinhas pra cá, porta-retratos pra lá, homenagens e por ali vai. No dia dos pais idem. Para quem tem os dois consigo era uma animação, mas poucas desses momentos serão lembrados, devido a frequência que a escola realizava… Já quem não participava, era um martírio cada vez que as datas se aproximavam. Então a “massa” aproveitara enquanto a minoria sofre?
Minha solução para ambos os casos? Feriados 2x por mês na quinta feira (para emendar na sexta) só para descansar e sair… sem se preocupar com o que a data significa.

Quase

Ás vezes a ficha demora décadas para cair, mas finalmente cai! Mudar é tão difícil, começar um percurso então? É quase impossível. O quase. Essas cinco letrinhas que pode mudar seu, desculpe o pieguismo, rumo, sua vida. Pelo menos para mim. Me vejo presa a metas inacabadas faz muito tempo, e sem força nenhuma para mudar o que me incomoda, e me deixa tão mal. A “ficha” já caiu assim algumas vezes, e nessas vezes também achei que ia ser pra valer… e não foi. Mas agora eu parei de culpar os outros pelos meus fracassos, e descobri quem estava me atrasando: Eu mesma. Admitir o próprio erro é tão chato, e tão “tô crescendo”… Era tão bom sempre culpar alguém! Quando você começa a admitir seu próprio erro, começa a apertar. O percurso vai ser uma merda, um saco! Estressante, emocionalmente desgastante, vontade de desistir, de continuar como estar, e ver o lado positivo do passado e nenhum do momento agora. Mas que seja momentâneo! Que as dores seja cicatrizadas! Que o memento de angustia seja lembrado quando já estivermos no topo… cansada, dolorida, mas VITORIOSA. Como é boa a sensação de vencer um desafio. Me proponho a vence-lo. Acho que o primeiro passo é admitir que não vai ser fácil. Mas nada é… então vamos lá.
Quando eu disse que queria ter algo para me orgulhar, aquilo ficou martelando na minha cabeça. Então porque não matar dois coelhos com uma cajadada só? Talvez seja as soluções para as minhas incertezas filosóficas…E as soluções para noites mal dormidas também. Meu sono agradece!

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