PALAVRAS POETIZADAS

Cheguei em casa e o céu era uma mistura da noite indo embora e o sol nascendo, ainda que timidamente. Tive dificuldade para caminhar em linha reta e destrancar a porta de casa. Estava tudo vazio e o som da chave e dos meus passos ecoavam naquele pequeno apartamento de pequenos cômodos. Tudo estava tão escuro que tive a impressão que o apartamento se metaforizava em minha mente e aquele silêncio era, na verdade, um grito desesperado de um vazio que precisava ser ocupado por mais alguém.

Ignorei as súplicas do meu celular para ligar por você e caminhei lentamente, enquanto me despia enquanto cambaleava até o box do banheiro. Precisava de um banho. Precisa tirar as impressões de alguém que deveria ser você, o cheiro de álcool e meu cabelo fedendo a fumaça de nicotina.

Coloquei a musica mais triste enquanto o chuveiro embalava minha solidão e o choro abafado pelo meu orgulho de não derramar lágrimas por ninguém.

 Uma daquelas noites em que eu morria de saudade e de solidão.

 

Eu nunca fui um poço de impulsão. Tento – ao menos, tento – agir conforme manda a razão, pensar e repensar uma atitude e prever reações para as possíveis ações. Mesmo assim, não sai ilesa de você. Atualmente, você é o meu maior arrependimento. Arrependimento de ter o conhecido, falado, virado sua amiga e todo o resto. Vi o seu melhor lado e num estalar de dedos, o seu pior. Me senti indefesa com o todo que havia mostrado e por mais que tente desapegar de todo esse bipolarismo, uma parte do meu carinho ainda está entrelaçada naquele lado que sempre nos dávamos bem e tínhamos uma química como nos filmes de comédias românticas onde tudo é bonitinho e tem final feliz.

Apesar de saber de tudo isso, ainda sinto saudade dos olhares, sorrisos, conversas, beijos e tudo que eu havia procurado e encontrado em você. E toda essa carga emocional, fica difícil simplesmente não querer conversar toda hora e sentir todo aquele frio na barriga quando meus olhos encontravam os seus. Essa droga de carga emocional não me deixa desapegar e parece que toda essa saudade não vai ter fim.

Cada segundo se arrasta agora sem você.

Ei, você se importaria se eu fugisse daqui?

Só por algum tempo, não um tempo determinado, mas um tempo suficientemente grande para que eu consiga ajeitar meus pensamentos que andam tão errados. Os dias parecem estar longos demais, assim como as intermináveis madrugadas que bridam meus intermináveis pensamentos e planos que não são concretizados pelo o meu ânimo que anda perto do zero. Os finais de semana passam voando e mais uma semana entra sem que eu consiga realizar nada de produtivo. Ultimamente todo meu sossego tem sido dissipado e minha cabeça não me dá um pingo de calma.

Prometo que volto.  Só que agora minha mente suplica por descanso.

Ressuscitando uma tag que eu adoro mas deixei de lado. Finalmente voltei e com grande estilo: O escolhido é o dinamarquês Henrik Knudsen. Segundo ele, suas fotos tem um conteúdo narrativo e é super influenciada por filmes e cinema. Quando eu descobri seu trabalho, realmente pensei que algumas de suas fotos fossem retiradas de um filme. É legal quando um fotografo e a modelo conseguem transmitir uma história em uma só foto. Ele também trabalha para empresas super renomadas como Apple, Channel, Nokia, Volkswagen e recebeu mais de 30 prêmios. Ele viaja o mundo inteiro, mora entre Londres e Nova York e tem fotos sensacionais. Confiram:

Continuar lendo “Fotos da semana”

Tudo nunca pareceu fazer mais sentido. Consegui decifrar os versos do Fernando, do Carlos e da Cora. Imergi em canções que antes só escutava pelo fato de gostar do ritmo. Subitamente, me pegava sorrindo por alguns dos inúmeros momentos vividos e morria de nostalgia. Reconheci como age a impulsividade de um sentimento intenso e o grau de dificuldade que é controla-la.

Assumindo toda essa culpa e os julgamentos precipitados, ainda não que eu aprecio o fato do meu coração falar tão alto – eu odeio, aliás – mas ele é perspicaz, e numa rapidez inexplicável, sobressai a razão que eu julgava ser tão inabalável. Esse necessidade repentina de alguém a todo momento me faz querer vomitar.

Tudo parece ser tão coerente agora que os julgamentos errados que tanto sentenciei bridam meu arrependimento.