O que eu sou…

o que eu sou

o século XXI consolidou as mudanças ocorridas em todo mundo. As pessoas começaram a ser mais liberais, aceitar as diferenças e viver bem com elas. Grupos heterogêneos perambulam por ai – e salvo a minoria radial – sem causar problema nenhum com rodinhas diferentes. Ser adolescente é passar por (quase!) todas elas. Já fui meio emo, patricinha, meiga, nerd, popular, excluída. Vivia perambulando de grupinho em grupinho tentando achar minha identidade e ser aceita por algum grupo pelo que eu realmente era. Confesso que alguns deles entrei por pura desconfiança comigo mesmo. Já tentei ser meiga, doce demais para atrair alguns caras que queriam um relacionamento sério. Mas em dos lapsos que eu sempre conto aqui no meu blog, caiu a ficha que eu não preciso me espelhar em ninguém para ser… incrível. Não no sentido de estar sempre bonita, adorada e idolatrada. Incrível no sentido de me amar e ter atitudes que condizem com o que eu penso. Expressar (com educação, por favor!) quem eu sou e aceitar as consequências boas ou ruins por agir com a minha índole.

Depois que essa ficha caiu percebi como é ser minoria. Comecei a perceber que as pessoas que sentavam ao meu lado e antes eu sentia uma pontinha de inveja por viver na balada, ficar com um monte e não se preocupar com nada seriam adultos complexados por atenção, ser princípios para ensinar para seus filhos e vivendo em uma bolha separando do mundo real. Percebi também que são poucas pessoas que são melhores amigos da mães e que não dizem mentiras para ela. Descobri como é raro ficar em casa no sábado e não me importar. Ou como é raro esperar os pais dormirem e ir dormir também em vez de pular a janela e ir em alguma balada usar uma identidade falsa. Descobri como é raro ter princípios e acreditar neles. Parei de querer andar sempre 100% nas tendências e me vestir do meu jeito, com algo que caiba bem no meu corpo e que eu goste porque acho legal e não porque meia duzia de blogueiras disseram que é legal. Descobri a linha tênue entre usar a moda e ser escrava dela.

Cresci. Amadureci. Sofri. Descobrir o que eu resumi em dois parágrafos parece simples. Não é. Custou a minha adolescência inteira para perceber o que é ser adolescente e o que esperar quando já poder legalmente dirigir, beber e entrar em qualquer lugar. E sabe-se lá como vai ser o resto né? Espero que seja bom. Vivem dizendo que a vida é uma escalada, mas a vista é linda.

 

Publicado por Alice

Pudera eu me descrever impecavelmente.. Usar palavras que encantassem pela estruturação perfeita… Pela forma suave…E ao mesmo tempo poderosa…Pelo português impecável…Pelos conjuntos de adjetivos que se entrelaçam entre si de uma maneira harmoniosa…Pelos sarcasmos indispensáveis nas horas surpreendentes…pela retração da realidade com olhos excêntricos… Mas não! Prefiro que eu seja descobertas nas entrelinhas, em uma musica, em uma piada, em uma crítica, foto e ate quem sabe um vídeo… Sem pré-conceitos lidos em um about. Que cada parte que eu exponha aqui seja a porta de entrada para realidade (distorcida, fantasiada, equacionada, vivida) da minha mente. Que essa tal descoberta seja feitas pelas bordas, pelos detalhes que fazem qualquer pessoa diferente, com seus jeitos, mania, sua personalidade. Mas simplificando, talvez um adjetivo possa expressar o que provavelmente você vai achar: Confusa.

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