PALAVRAS POETIZADAS

Diálogos com o cobertor

  Fazia uns quinze graus lá fora, enquanto dentro de um quarto de um apartamento uma menina se espremia nas suas cobertas para amenizar o vento que fazia com a janela aberta e a chuva. Era incessável o monótono  com ela mesma sobre como lidar consigo. Ser ela mesma, desvendar seus gostos, atitudes, preceitos e conceitos. O barulho da chuva era seu aliado, como gostava daquele som… a paz que aquilo que fazia enquanto batia estrondosamente no concreto e ecoava em seus ouvidos não achará nem ouvindo qualquer musica da sua banda favorita, o Blink 182. Pensava, pensava, pensava. A madrugada passava tão rápido, que quando o sol dava os primeiros sinais de uma manhã nublada ela ainda não havia resolvido as incógnitas da sua cabeça… charadas. Gostosa quando se acha a resposta e estressante para desvendar. O doce o amargo de ser ela mesma.