Raramente confio a alguém a acessibilidade aos meus pensamentos mais íntimos. Meticulosamente e com artimanhas, poucas conseguem desbravar os mistérios que interessam a – quase – ninguém.
Confiei em tua lealdade, teu zelo e tua atenção. Gradativamente me expus, me livrando de qualquer aflição e me vi nua. Liberta de qualquer faceta.
Desacredito em contos de fadas, histórias infanto-juvenis e um bocado das young-adult. A vida riu de mim, e sadicamente se divertia do meu desapontamento: Eu nua, e você travestido de solicitude, paciência e amor. Por baixo de toda carcaça, morava um ser dissimulado que minha inteligência (claramente mínima) ou perspicácia não descobriu a tempo de evitar maiores estragos.
E como qualquer fim na vida real, o ponto final é a decepção.