Amizade (ou a falta de) e o amor

Eu me sinto com a síndrome de Peter Pan quando vejo as pessoas se relacionando umas com as outras. Me aterroriza a ideia de uma pessoa ser seu tudo: SÓ ela saber todas as suas coisas, SÓ vocês dois serem contra o mundo. Parece que as amizades se anulam nesse sistema e, meu Deus, eu gosto tanto dos meus amigos. Eu gosto tanto dos nossos encontros, das nossas confidências, das piadas que só a gente entende e de quem somos quando estamos entre nós. Não acho que nenhum amor substitui essa sensação.

Sei que cada pessoa tem vários lados e alguns traços se expressam mais com uns amigos e outros com outros, sim, eu sei. Mas a maioria das pessoas mudam tanto quando fazem da outra o seu mundo. Por que a gente sempre coloca esse tipo amor em primeiro lugar? Por que o nosso mundo e a maioria dos planos giram em torno do matrimônio (ou algo similar a ele), da presença sempre constante e de compartilhar todas as confidências? Onde os amigos entram nessa equação?

Eu realmente sinto uma agonia que me domina por completo quando vejo isso acontecendo com os meus amigos e as pessoas ao meu redor. Como se não tivesse escapatória. E mesmo se EU tivesse, o que adianta me diferenciar se todos a minha volta tem o mesmo padrão de comportamento? O que significa essa pressa e urgência de ter uma só pessoa? Faz parte de nós?

Então o final se resume a todos os amigos sendo menos amigos e o meu mundo e o mundo de mais alguém serem incorporados mais e mais até que as nossas personalidades se tornem cada vez mais parecidas?

A vida adulta me desespera em todos os sentidos.

Publicado por Alice

Pudera eu me descrever impecavelmente.. Usar palavras que encantassem pela estruturação perfeita… Pela forma suave…E ao mesmo tempo poderosa…Pelo português impecável…Pelos conjuntos de adjetivos que se entrelaçam entre si de uma maneira harmoniosa…Pelos sarcasmos indispensáveis nas horas surpreendentes…pela retração da realidade com olhos excêntricos… Mas não! Prefiro que eu seja descobertas nas entrelinhas, em uma musica, em uma piada, em uma crítica, foto e ate quem sabe um vídeo… Sem pré-conceitos lidos em um about. Que cada parte que eu exponha aqui seja a porta de entrada para realidade (distorcida, fantasiada, equacionada, vivida) da minha mente. Que essa tal descoberta seja feitas pelas bordas, pelos detalhes que fazem qualquer pessoa diferente, com seus jeitos, mania, sua personalidade. Mas simplificando, talvez um adjetivo possa expressar o que provavelmente você vai achar: Confusa.

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