O poder do foda-se

o poder do foda-se

Peço perdão a palavra de baixo calão. Mas modifico e credito a Derci Gonçalves uma frase que define bem minhas desculpas não ressentidas: As vezes só um palavrão resolve.

Foda-se é muito mais que um palavrão. Foda-se é uma filosofia de vida. Não levado ao pé da letra no sentido do mais baixo calão que a própria palavra tem (entendedores entenderão), mas no contexto de não ligar.

Vendo umas fotos antigas, percebi o quão mais feliz eu era quando era no auge do meus quinze anos: Usava shorts sem me preocupar com celulite, usava regada sem me preocupar com braço, penteava meu cabelo e saia feliz. Minha estima era e melhor e eu mais desencanada. Era mais fútil. Me preocupava com popularidade. Mas era menos desencanada com meu corpo.

O tempo passou, ganhei um celular com acesso a internet e puts: Baixei o Instagram. Blogueiras entiquedas e travestidas com marcas que são mais caras que os salários do meu pai (Uma bolsa Birken, da grife Hermès, custa – pasmem – vinte e um mil, e acreditem se quiser: você tem que ser “convidado” a comprar). Com ela reacendeu meu consumismo e confesso que o desejo do corpo e do closet.

Comecei a ficar mais exigente. Me preocupar mais com cabelo. Perna. Bunda. Braço. Barriga. Pele. Sobrancelha. Unha. Tudo. Exagerei na dose e nessa fase ficava dias sem comer para ter o “corpo ideal”. Nem preciso falar as consequências né? Gastrite, dor de cabeça, mal humor e cansaço.

Não acho vaidade seja ruim. Tudo tem limite e só descobri o meu um ano atrás, quando criei o blog. Nessa fase de auto-conhecimento me descobri e comecei a focar em mim. Internamente. Defini minhas prioridades, princípios, o que eu acho certo e o que eu acho errado. Parece óbvio, mas estipular isso foi fundamental para meu amadurecimento… Não que eu seja uma estátua e nunca mude de opinião. Mas os fundamentos quase sempre são fixos.

Com valores formados, agora mesmo, olhando as fotos antigas percebi o quão eu preciso “ligar o foda-se”. Me preocupar menos com detalhes e focar em usar o que eu gosto, vestir o que eu quero sem me estressar tanto ou ficar encanada. Cuidar do corpo é ótimo, faço exercício quatro vezes por semana para ter o corpo que eu quero, mas até lá vou me privar de tudo por não ter um corpo perfeito?

Não. E foda-se.

Publicado por Alice

Pudera eu me descrever impecavelmente.. Usar palavras que encantassem pela estruturação perfeita… Pela forma suave…E ao mesmo tempo poderosa…Pelo português impecável…Pelos conjuntos de adjetivos que se entrelaçam entre si de uma maneira harmoniosa…Pelos sarcasmos indispensáveis nas horas surpreendentes…pela retração da realidade com olhos excêntricos… Mas não! Prefiro que eu seja descobertas nas entrelinhas, em uma musica, em uma piada, em uma crítica, foto e ate quem sabe um vídeo… Sem pré-conceitos lidos em um about. Que cada parte que eu exponha aqui seja a porta de entrada para realidade (distorcida, fantasiada, equacionada, vivida) da minha mente. Que essa tal descoberta seja feitas pelas bordas, pelos detalhes que fazem qualquer pessoa diferente, com seus jeitos, mania, sua personalidade. Mas simplificando, talvez um adjetivo possa expressar o que provavelmente você vai achar: Confusa.

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