Eu me sinto vazia com chuvas, solidão e templo nublado. Me sinto vazia sem ao menos ter um coração quebrado, promessas despedaçadas ou frustrações por situações mal resolvidas. Talvez toda essa melancolia venha forçada por uma das milhões de cenas cinematográficas que já assisti, onde a mocinha sofre e o momento é embalado por uma trilha sonora composta por piano e um vocalista de voz branda. Perdão pelo clichêzismos de sensações mas todos os questionamentos e dúvidas me bombardeiam sem que tenha a chance de posterga-los com algumas distrações.
Me sinto vazia pelas minhas próprias expectativas e um futuro vindo numa página vazia que eu mesma tenha que traçar. Costumo escrever textos mas narrar meu próprio enredo e ainda protagoniza-lo parece ser um pouco mais complicado. Só um pouco. A parte mais árdua será assumir a culpa dos erros e sofrer as consequências deles, dessa vez sem segundas chances.
Talvez todos esses dilemas parecem ser tão precoces mas o relógio agora parece andar mais depressa e os dias e meses estão voando sem que eu sequer faça conta.
São muitos planos e pouca maturidade.
