PALAVRAS POETIZADAS

Para sempre?

É difícil olhar para trás e ver que um passado-não-tão-passado levou com ele tantas pessoas que eu julgava ser eternas. Doeu para caramba. Robou de mim sem dó nem piedade, sem máscaras e sem desculpas esfarrapadas tudo que fazia parte de mim e compunha algo que eu sou – ou era. Difícil entender essa lógica mas nem eu mesma sei decifrar esses “porquês”.

O mais difícil ainda é assumir que o que se foi, foi para o bem. Descarregou o interior e livrou-me do que poderia ser fatal. Expulsou pessoas – seria essa a denominação para tais seres tão desprezíveis? – que poderiam fazer um estrago maior do que o se encontra aqui dentro. Para o bem, me fez sentir mal.

Estranho essa coisa da vida de ensinar lições, de aprender na marra, no tapa, na dor. Ai, eu-lírico da minha própria história, embeleza um pouco esse enredo, desdramatiza esse momento, desapega o meu c0ração.