20/06/2013

QUIIINTA

No começo de junho eu nunca imaginaria que uma quinta feira poderia ser inesquecível. Nem passaria pela cabeça que a maioria dos estudantes protestaria na rua. E que vinte centavos faria a diferença. E muito menos que seria o estopim. Mas foi. Fiquei sabendo do primeiro dia de protesto pela internet… Aquele que foi super violento. No momento em que as pessoas gritavam “sem violência” e bradavam “vem para rua” fiquei arrepiada, e senti uma sensação inédita… Patriotismo.

Passei a semana inteira alternando entre a cobertura em um desses canais de jornalismo e na internet vendo notícias (as reais) e comentando sobre isso. Vide meu twitterQuando fiquei sabendo do protesto que teria na minha cidade fui correndo perguntar para minha mãe se podia, mas a reposta foi clara: Não. Era segunda feira e o protesto tinha tomado proporções inimagináveis. Invadiram o congresso, lotaram a Paulista, e encheram o Rio de Janeiro. Via tudo aquilo e me emocionei diversas vezes. Queria participar disso. Queria ser parte da história. Ainda na segunda feira, fiz propaganda na escola. Os professores não comentavam muito sobre o assunto por ser uma escola meio “burguesa” e quase ninguém sabia o que era PEC 37. Faltei na terça e na quarta o colégio inteiro só falava disso. Mudou drasticamente. Tudo. Separei o dia para insistir para ir no protesto. A reposta era sempre não.

Na quinta tudo mudou. Do nada minha mãe deixou eu ir. Eu fui. De blusa branca, cara pintada e bandeira no braço. Comi uma barrinha de cereal para ter toda energia do mundo. E não é que eu tive? Não parava de gritar e pular e isso custou eu ficar de cama no dia seguinte. Andei uns 20km. Sério. Meu colégio era meio perto do ponto de encontro e umas trezentas pessoas foram andando até lá. Coisa linda de se ver. Chegamos cedo, e esperamos  começaram a passeata enquanto todo mundo gritava “vem pra rua” e “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Um menino subiu em cima do ponto de ônibus e ficou fazendo gracinha, e soltaram uma bomba que só faz barulho. Fiquei com medo. Logo começaram a vaiar e bradar: “sem violência”. Sou meio medrosa e então eu e mais 5 amigos fomos para ponta do pessoal caso tivesse que correr e fosse violento.

Posso dizer com alegria: não foi. Em todo percurso sequer não vi uma briga. Era só alegria. Só hino. Ah, o hino! Todo mundo gritando, segurando a bandeira do Brasil e com cartaz. Tentei puxar alguns corinhos, e só um funcionou (#win!). E era gente de todo tipo. Do meu lado tinha um cadeirante, um pouco antes um pai com a filha, e um senhor. Tanta gente diferente unida por um único objetivo: Mudar o Brasil. E mudei. Fiz parte do livro de história, apareci na TV e senti orgulho por ser Brasileira.

Publicado por Alice

Pudera eu me descrever impecavelmente.. Usar palavras que encantassem pela estruturação perfeita… Pela forma suave…E ao mesmo tempo poderosa…Pelo português impecável…Pelos conjuntos de adjetivos que se entrelaçam entre si de uma maneira harmoniosa…Pelos sarcasmos indispensáveis nas horas surpreendentes…pela retração da realidade com olhos excêntricos… Mas não! Prefiro que eu seja descobertas nas entrelinhas, em uma musica, em uma piada, em uma crítica, foto e ate quem sabe um vídeo… Sem pré-conceitos lidos em um about. Que cada parte que eu exponha aqui seja a porta de entrada para realidade (distorcida, fantasiada, equacionada, vivida) da minha mente. Que essa tal descoberta seja feitas pelas bordas, pelos detalhes que fazem qualquer pessoa diferente, com seus jeitos, mania, sua personalidade. Mas simplificando, talvez um adjetivo possa expressar o que provavelmente você vai achar: Confusa.

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